Por conta de minha alimentação basicamente integral, cuja exceção
só ocorre quando saio pelo mundo afora, desta vez, atendi ao convite
dos amigos, e fui participar do almoço de confraternização que
Fátima Bezerra Cavalcanti ofereceu aos amigos da Academia Paraibana
de Letras, num restaurante aqui de Tambaú, pela sua recente e
expressiva eleição como imortal daquela veneranda instituição.
Resolvi substituir o prato de arroz integral por um suculento prato
de camarão, que ainda está motivando minha salivação.
O restaurante estava cheio de imortais admiradores da desembargadora
e escritora Maria de Fátima, cujo sorriso conseguiu amenizar o rigor
da toga que veste, lá no Tribunal de Justiça.
E eu fiquei pensando com os meus botões, como é divino o sentimento
de confraternização, que tanto nos distancia dos animais. Mas o que
mais me encantou foi ver um José Nêumanne vindo lá do sul do país
para votar e solidarizar-se com a colega eleita. O mesmo digo do
nosso querido Eilzo Matos, saindo do seu sertão para votar e se
confraternizar com a candidata eleita.
A alegria dominava e contagiava todos. Vi sorrisos e felicidade nos
rostos do primo e magistrado Alexandre de Luna Freire, numa animada
mesa, a que não faltaram Ramalho Leite, ex-superintendente deste
matutino e candidato a uma vaga na Academia, o nosso Gonzaga
Rodrigues, meu conterrâneo, rindo dos seus oitenta anos. Estavam
também o nosso Flávio Tavares, eufórico, ainda em plena lua de mel
com a imortalidade acadêmica, o sereno e discreto Humberto Melo, o
poeta sempre bem humorado, Astênio Fernandes, sem esquecer o nosso
Juarez Farias, o Flávio Sátiro, que está editando uma bela revista
de cultura, Maria das Graças Santiago, Mercedes Cavalcanti, a nossa
Pepita, em animada conversa com o historiador Wellington Aguiar, que
não cabia em si de contente. Vez por outra soltando boas
gargalhadas.
Mas o grande maestro daquela orquestra de solidariedade humana era, e
só podia ser, o dinâmico presidente da Academia, o nosso Damião,
que está fazendo bons melhoramentos na Casa de Coriolano de
Medeiros, inclusive colocando corrimãos na entrada da Academia,
cuidando, assim, da segurança dos imortais idosos.
E que dizer do meu amigo, primo e alagoanovense Wills Leal, cheio de
vivacidade intelectual. Não dá para falar de todos. Na minha mesa
estava a nova imortal, Wills Leal e o desembargador Marcos
Cavalcanti, que já está de livro novo para lançar.
O ex-governador José Maranhão, contente com a imortalidade da
esposa, estava também presente, em animada conversa, certamente
falando de política, que é a sua “cachaça”.
E o gostoso mesmo foi o prato de camarão que me fez esquecer o arroz
integral e as verduras por algum tempo.
Eleição e confraternização ao vivo. Festa de amigos. E como faz
bem à saúde a solidariedade humana! Saí do restaurante não de
barriga cheia mas com o coração pulsando de alegria.
E melhor ainda foi a carona que meu primo Alexandre Luna Freire deu a
mim e ao Eilzo Matos, que me falou da seca do sertão, dos açudes
secando. A água se tornando difícil, menos a água das lágrimas do
sertanejo, que, embora, antes de tudo um forte, como disse Euclides
da Cunha, já não aguenta tanta penúria e tanto descaso.
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