Mas
vamos à crônica, que o nosso desembargador subiu e caiu, mas não
houve nada de grave. Não se machucou, não quebrou uma perna, apenas
machucou o ombro. Quem me contou o fato foi sua esposa. Esposa não,
anjo de guarda. Ele e ela formam um casal admirável. Temperamentos
díspares mas que souberam se afinar, se harmonizar, aparar as
arestas, pois onde há o amor, há a compreensão, e onde há
compreensão, há paz.
O
meu desembargador e amigo, amigo e mestre, caiu da escada que pôs na
estante onde ia em busca de um livro, certamente, para pesquisa,
porquanto ele é escritor com livros já publicados.
A
mulher é o seu anjo de guarda, mas nem sempre os anjos da guarda
estão sem nada a fazer. O desembargador vive, hoje, a maioria de seu
tempo, lendo, refletindo e escrevendo. Caiu de sua estante, em sua
casa, o lugar onde ele passa a maior parte do tempo. Mas, quem está
livre de uma queda, notadamente, os mais vividos? Na vida a gente,
vez por outra, desliza, dá uma topada ou uma escorregadela. E eu
tenho muito medo de cair, pois, por conta da minha coluna, não esta
aqui do Correio da Paraíba, mas a que sustenta o meu corpo, que
sofreu uma cirurgia de estenose lombar, devo ter ainda mais cuidado
com queda.
O
nosso desembargador, fiel ao ditado “boa romaria faz, quem em casa
está em paz”, quase não sai de casa, a não ser para curtir a sua
granja, onde chega a plantar, respirar bom ar, caminhar e saudar a
vida.
Mas
fiquemos por aqui, pois já é tempo de matar a curiosidade do
leitor. O desembargador é o meu dileto amigo Onildo Farias, e sua
cara-metade é Terezinha, esposa e anjo de guarda, que, desta vez,
não pôde impedir que seu protegido caísse, felizmente sem mais
graves conseqüências.
Agora,
cá pra nós, me ficou esta curiosidade: que livro terá sido esse
que ele buscou com tanto apetite?...
![]() |
RECOMENDE AOS SEUS AMIGOS |
0 comentários
Postar um comentário
Deixe o seu comentário