É sabido que a semana tem sete dias. Mas falam também dos seus dias
úteis. Quais seriam eles? Seriam aqueles em que há trabalho: Já o
domingo é chamado o dia do descanso. Do descanso ou da adoração a
Deus. Tanto é assim que a palavra domingo, etimologicamente,
significa Dia do Senhor. Mas isso era, antigamente. Hoje, o domingo é
mais dia de diversão do que do repouso. È bom lembrar também que é
no domingo que muita gente curte a ressaca do sábado. Sábado! Eis
aí um dia que todo mundo curte. Todavia, um dia que todo mundo gosta
é a quinta, sem esquecer a sexta. A semana só começa mesmo para o
trabalho na segunda à tarde e termina na quinta. Na sexta, quase
todo mundo está se preparando para o lazer, para uma viagem.
Continuando
a crônica, outrora trabalhava-se no sábado. Folga só depois de
meio-dia. Mas isso era antigamente. E se você me perguntar qual o
dia da minha predileção eu diria sem pestanejar: segunda!
Predileção esta que deve assustar muita gente. Quando viajo para o
Exterior, só Deus sabe como suporto o domingo, com tudo fechado,
tudo morto. E vem-me à memória aquele domingo, lá em Mainz,
Alemanha, quando vi várias senhoras gordas (o que não falta naquele
país) sentadas nas cadeiras, ao ar livre, em longas e tediosas
conversas. Um espetáculo que faz a gente abrir a boca num longo
bocejo.
Foi-se
o tempo da semana rigorosamente de seis dias úteis. E antes que a
crônica se acabe, para sermos francos, pelo menos aqui no nosso
país, os dias ditos úteis mesmo são apenas quatro: segunda, terça,
quarta e quinta.
E
quer saber de uma coisa? Domingo só em Paris e Londres. Não,
leitor, talvez em Riacho dos Cavalos, o domingo seja de uma
tranqüilidade gostosa. E se você se deitar numa rede com um bom
livro, a vida corre tranqüila e gostosa. A rede é uma beleza. Se
não me engano, o grande Câmara Cascudo fez um suculento e profundo
estudo sobre a rede e o nosso Alcides Carneiro disse, certa vez, que,
para fazer um discurso, ele só precisa de meia hora de rede.
A
rede é excelente para o estresse. Acho que Hitler nunca conheceu,
nem, muito menos se deitou numa rede. Daí a sua mania de perseguição
e violência. E quantas reflexões a rede sugere. Rede num dia de
domingo, que beleza!
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